16/08/2009

Derrota ao cair do pano

O Braga ainda não joga bonito, mas já cria oportunidades. E muitas, aliás. Nesse aspecto, do Elfsborg para a estreia interna vai uma distância enorme, maior do que os nove dias que separam os dois últimos jogos fariam crer. Não parecia a mesma equipa a jogar, embora isto não signifique que o tenha feito muito bem. Não fez. Mas os sinais são de inequívoca melhora.
Ao terceiro jogo, Domingos utilizou o terceiro esquema táctico. Desta feita, por manifesto conhecimento do adversário, que não utilizou ninguém no onze titular que o treinador não tivesse orientado no ano passado.


Se a Domingos devem ser imputadas responsabilidades (e ele reconheceu-as) no primeiro fracasso da época, ontem o maior mérito é seu. Mesmo sem a equipa conseguir ligar os sectores com futebol organizado, o treinador acreditou que o quarteto da frente devia ser mantido até ao fim. A Académica jogava com uma defesa muito recuada e, na sua maioria, lenta. Domingos aproveitou para jogar em igualdade numérica nesse sector e pressionar em toda a linha. À excepção de Orlando, todos tiveram dificuldade. Perto do fim, Pedro Costa e Luiz Nunes cederam, finalmente. Eis a razão para quem teve paciência.
Aos jogadores deve ser louvada a persistência e o enorme coração. Por vezes chegaram a desesperar, mas tiveram o mérito de serenar antes da fase decisiva. Depois, muita emoção, como no início da partida, nos bancos, nas bancadas e sobre a relva. Antes da falência cardíaca, Alan e Meyong lá quebraram a resistência da Briosa. E, repita-se, com justiça. Até porque o empate seria prémio exagerado para uma Académica que nada fez para merecer mais.

Há trabalho de Rogério Gonçalves e princípios bem definidos. A equipa sabe posicionar-se e controlar o jogo e a velocidade do trio ofensivo pode fazer estragos. Haja espírito de iniciativa.





Fonte: OJogo

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